Entrei, e vi-te a um canto, afastado de tudo, com os teus amigos. Houve, sim, uma troca de olhares.
Não precisei perguntar nada, uma voz me disse " chama-se frederico, eu conheco-o "
Desde então, quis ser eu a conhecer-te também. Senti que tu eras diferente, senti isso no teu olhar, nos teus olhos verdes que brilhavam no meio das luzes, em torno da festa onde nos encontravamos.
"Quero conhecê-lo. Quero tirar uma foto com ele" . - Logo ela me disse " és doida?! ele não vai.." sem hesitar , voltei a insistir: "eu quero uma foto com ele , e vou lá pedir, tiras ? "
Aproximei-me de ti, a voz soou como nunca, tremendo docemente, delicadamente, para apenas dizer "tiras uma foto comigo?"
Nunca te tinha ouvido, nunca tinhas falado comigo, nunca te olhei nos olhos.. "claro que sim, deixa-me acabar só de comer" . Senti-me feliz, pressionada por um nervosismo miúdinho. Chegas-te perto de mim, e mais uma vez trocamos um olhar daqueles que me incomodava imenso, pela positiva. "podemos tirar a foto?"
Tiramos a tal fotografia, coisa de malucos, doidisses talvez. Mas foi essa foto que fez com que um conto de fadas começasse. Iniciou-se assim algo perfeito.
Começamos por falar razoávelmente pouco, mas a cada dia crescia, tinhamos demasiadas coisas em comum, fazias-me rir . "faço anos dia 2 de Janeiro. E tu? " . Por ironia do destino, "Eu também :o "
A coisa cresceu rápidamente, e cada dia falavamos mais, trocavamos mensagens, acordavas só para falar comigo. Só te deitavas quando eu me deitava, só dormias quando eu dormia, so dormia quando tu dormias.
Começamos a ficar dependentes um do outro..
Chamavas-me algo que mais ninguém me chamava, "Filipa". eu amava ouvir isso, de ti.
Combinamos o primeiro encontro. Lembro de tudo ao pormenor. Estava no parque à tua espera, tinhas ido ao mc donalds jantar, com a tua mãe, o teu padrasto e os teus meninos $:
Chamaste-me. Eu fui. Conheci a tua mãe, e docemente ela nos disse " deem muitos beijinhos de cinema, e portem-se bem"
As palavras dela cairam-me como algo confortável, a tua mãe já sabia da nossa enorme dependência, da nossa enorme confiança. Do nosso secreto amor , ainda desconhecido por ambos.
Falamos, falamos.. e levei-te aquele sitio, em que te vi ir embora. Levei comigo nesse dia, para casa, dois suaves beijos teus, na minha face. Mantive-me preocupada, até chegares a casa.. sabia que estava de noite, escuro.. e o caminho era longo. "cheguei agora a casa, está tudo bem" - Finalmente tinhas chegado, e bem. Descansei.
No fim de semana seguinte era o almoço em tua casa. Se soubesses, se sentisses o nervosismo em que me encontrava.. estava demasiado feliz para o tanto nervosismo que reinava em mim. Ainda nada se passava conosco..
Sentamo-nos no sofá, sentas-te ao meu lado. MTV, ao som de Linkin Park. "Amo esta musica" dizia eu, enquanto me olhavas, e brincavas com o piercing no lábio. "Não faças isso, seduzes-me" . Tu fazias ainda mais.. e cada vez mais me seduzias, mais me embalavas nos teus olhos. A pastilha foi o começo de um beijo profundo. "dá-me uma pastilha", "só tenho uma, se quiseres.." e assim foi. O nosso primeiro beijo. Ali na tua sala. A tua mãe na varanda a ver o pedro e o david no parque, a brincarem. Fiquei até tarde, relativamente tarde, para um domingo. Insististe para jantar, mas não podia.. A minha mãe ainda nada sabia.
Depois desse dia, surgiu aquela quinta feira , 12 de março. Tirei o dia para estar contigo. só entrava as 3h. Almoçamos juntos.. fomos para o nosso jardim, perto da tua casa. E ai ficamos.. foram trocados beijos apaixonados, abraços esperados, carinhos e mimos que sabiam a pouco. Tornou-se oficial. "és a minha princesa, és unica"
Desde esse dia, todo era perfeito.. dias passados no meu jardim, noites passadas no teu jardim.
As coisas eram perfeitas, as coisas eram vividas a dois, tudo era partilhado. Horas ao telefone.. Mensagens de promessas de um amor eterno.
Eras o meu principe, eu era a tua princesa.
Surgiu a primeira vez, a primeira vez partilhada de momentos em conjunto, a primeira vez que nos reunimos totalmente, a primeira vez que nos entregamos totalmente.
Após isso, surgiram as discusões, discusões de ciumes parvos, confesso. Fizeram-nos mal, fizeram-me mal.
Tentas-te superar, tentas-te rescucitar um amor, que eu acabara de destruir.
Depois de algum tempo, eu decidida a por o orgulho para tras, decidida a voltar para aquele amor (prq na verdade era o amor que eu mais valorizei alguma vez, que eu mais queria.)
Tinhas outra, arranjas-te outra. Errei, chorei, perdi, aprendi.
Num acto de revolta, deixei de te falar.
Meados de julho, voltamos a falar. Voltaste a sentir algo por mim, renasceu ! Chamavas-me de "amante" . Considerava-me como tal. Mentias-lhe, amavas-me. Estivemos juntos os dois dias antes da minha partida para o Algarve. Aconteceu, nos dois dias. Não podemos evitar, era mais forte que nós, era amor.!
Durante parte do mês de Agosto, era só comigo que o partilhavas, já não queriamos saber de mais nada, de mais ninguém, quase decididos a por tudo para trás das costas, quando algo mau, algo doloroso, algo que nunca devia ter acontecido .. aconteceu. "faz as malas frederico, vais para inglaterra, na proxima semana"
O meu telemovel caiu, chorei. Sofri nessa semana, o que nunca tinha sofrido. Ia-te perder novamente. Fui a primeira a saber, e isso hoje conforta-me de alguma maneira.
Apesar de o sabermos, estavas muito em baixo.. e fui eu que te levantei, te ergui a cabeça. " Tens que seguir em frente, aproveita estes ultimos dias aqui. Vamos conseguir superar isto tudo, prometo-te" .
Não sei de que forma as minhas palavras te confortaram, mas foram verdadeiras, mais verdadeiras como o amor que sentia por ti.
As horas ao telefone eram quase infinitas. Chegou o dia, tinhamos que nos despedir, no dia 12 de Agosto ias partir. Eram provavelmente umas 19horas do dia 11, chorava. Não sabia o que te dizer, não sabia como me despedir. Prometes-te ficar comigo. Prometi ficar contigo. Antes de me deitar, antes de tudo acabar, pedi-te para que antes de apanhares o avião me mandasses uma msg, nem que fosse a dizer "até já" , disses-te que não o farias. Mesmo assim eu acreditei que tu o ias fazer. Não dormi. Não comi. Apesar daquela tensão toda, eu tentei reanimar-te. Dizendo-te que estava tudo bem, dizendo-te palavras doces, rindo para ti. Quando por dentro e do outro lado do teu telefone, eu estava a chorar.. silenciosamente.
Não dormia, coscilava. Acordei do meu coscilo, e reparei numa mensagem multimédia. Sabendo que era de áudio, e como eram umas 2/3 da manhã.. não a podia ouvir, àquela hora. Disse-te para ires dormir, que o dia seguinte ia ser complicado. Mais uma vez voltei a dizer-te o quanto te amava. A nossa despedida, a nossa ultima chamada, durou em média cerca de 3/4horas.. entre choros .. entre promessas.
Durante o tempo em que compravas as coisas dos preparativos, antes de ires, eu acompanhava-te. Sei tudo o que levas-te contigo. Estavamos a toda a hora ao telefone, tinhamos que aproveitar.
Sabia que tinhas que estar no aeroporto cedo. Pus o despertador. Mas continuem sei conseguir pergar olho. Tocou.. e nem uma mensagem tua. Perdi a esperança de me mandares uma ultima mensagem.
Virei-me para o lado, e uma lágrima caiu-me "acabou, e agora? O que sou sem ele? ".
Lembrei-me da mensagem multimédia que não ouvi na noite anterior, pus os phones, e abri a mensagem: "AMO-TE"
Era a tua doce voz, eras tu. Amavas-me, eu sabia. eu sentia. Chorei impulsivamente.
O meu telefone tocou. Eras tu. "pensei que não me ias ligar . " respondeste "achas mesmo que não te ia ligar? "
De facto, o meu coração sabia que me ias ligar.
Mais uma vez, despedimo-nos. eu não queria. Chegou a hora. Desligamos. " Quando chegar, eu ligo-te. Porta-te bem. Gosto bastante de ti, tu sabes. "
Desligamos. Chorei mais uma vez.
Lá chegas-te. A tua mãe ligou-me, disse-me que tinhas chegado , estavas bem, mas que estavas com pouca rede.
Pouco tempo depois, mandaste-me uma msg, disseste que era especial, para não me esqecer de nada do que passamos. e que estavas bem.
Desde esse dia... tudo mudou.
E eu .. tenho saudades tuas, saudades do Frederico, saudades do verdadeiro Frederico !!
Não dormia, coscilava. Acordei do meu coscilo, e reparei numa mensagem multimédia. Sabendo que era de áudio, e como eram umas 2/3 da manhã.. não a podia ouvir, àquela hora. Disse-te para ires dormir, que o dia seguinte ia ser complicado. Mais uma vez voltei a dizer-te o quanto te amava. A nossa despedida, a nossa ultima chamada, durou em média cerca de 3/4horas.. entre choros .. entre promessas.
Durante o tempo em que compravas as coisas dos preparativos, antes de ires, eu acompanhava-te. Sei tudo o que levas-te contigo. Estavamos a toda a hora ao telefone, tinhamos que aproveitar.
Sabia que tinhas que estar no aeroporto cedo. Pus o despertador. Mas continuem sei conseguir pergar olho. Tocou.. e nem uma mensagem tua. Perdi a esperança de me mandares uma ultima mensagem.
Virei-me para o lado, e uma lágrima caiu-me "acabou, e agora? O que sou sem ele? ".
Lembrei-me da mensagem multimédia que não ouvi na noite anterior, pus os phones, e abri a mensagem: "AMO-TE"
Era a tua doce voz, eras tu. Amavas-me, eu sabia. eu sentia. Chorei impulsivamente.
O meu telefone tocou. Eras tu. "pensei que não me ias ligar . " respondeste "achas mesmo que não te ia ligar? "
De facto, o meu coração sabia que me ias ligar.
Mais uma vez, despedimo-nos. eu não queria. Chegou a hora. Desligamos. " Quando chegar, eu ligo-te. Porta-te bem. Gosto bastante de ti, tu sabes. "
Desligamos. Chorei mais uma vez.
Lá chegas-te. A tua mãe ligou-me, disse-me que tinhas chegado , estavas bem, mas que estavas com pouca rede.
Pouco tempo depois, mandaste-me uma msg, disseste que era especial, para não me esqecer de nada do que passamos. e que estavas bem.
Desde esse dia... tudo mudou.
E eu .. tenho saudades tuas, saudades do Frederico, saudades do verdadeiro Frederico !!
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