quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Quotidiano 37

Tento esquecer-te. 
Deixei de falar de ti e de dizer o teu nome, deixei de o desenhar no espelho da casa de banho, quando o vapor inunda todas as superfícies. Em vez disso, tenho o coração embaciado de dúvidas e o olhar desfocado pelo absurdo do teu silêncio continuado, o olhar de quem aprende a adaptar-se a uma luz desconhecida, a uma nova realidade.
Eu também tenho medo, mas não digo nada. 
Gosto de sorrir para a vida e pensar que tudo vai correr bem, mesmo quando os dias me trocam as voltas e chego à noite estoirada a casa, sem encontrar sentido às coisas.
Tu também mentes e falhas, tu também trais e foges, tu também não és perfeito.
Mas resumidamente, pode até não ser aquilo que está certo, mas é aquilo que EU quero!

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